Neste ano de 2023 do Calendário Gregoriano, comemoramos dez anos em que o frater fundador, José Rodrigues seguiu viagem pelo multiverso afora. Do tempo dele em matéria visível entre nós para cá, no planeta Terra a realidade humana não mudou em quase nada. Aliás as mudanças sempre acontecem numa margem de tempo imensuravelmente superior à expectativa de vida humana, noutras palavras esse tempo pode ser muito mais entendido como “tempo histórico”, que tempo cronológico, apegado à brevidade etária da pessoa humana. A ideia de tempo aqui na Terra possui o astro Sol como ator preponderante determinando para nós a noção de dia/noite, e, mesmo as concepções biológicas como nos é dado a conhecermos. José Rodrigues possuía sensibilidade suficiente para perceber e mergulhar nas águas desse entendimento no decorrer de sua breve condição terrena de homem simples, concebido no seio de uma família muito pobre, oriunda do sertão do Nordeste que ao chegar no Rio de Janeiro se instalou na favela do Morro Azul, onde num barraco de madeiras frágeis e carcomidas José nasceu. O sacrifício dessa família, foi fundamental para sua educação, capaz de lhe conferir condições seguras para transpassar tormentas características deste planeta preso à ditadura da gravidade. A trilha caminhada por José, nós, nela prosseguimos tranquilamente sem hesitar, porque sabemos da sua conexão segura com as linhas existenciais plasmáticas entre os campos dos universos paralelos. Neste multiverso as manifestações encaradas como princípio, meio ou fim operam apenas enquanto instante quântico de imutabilidade particular divino, para o qual, vida e morte se fundem, deixam de existir da forma como a humanidade no seu estágio evolutivo atual, conhece. Dez anos nem de longe é um piscar de olhos no que se concebe existencial. Pois para tal a ideia padrão de tempo admitida na Terra está bem aquém do proposto pelo que seja a verdade do Ser concreto, ligado direto ao plasma interlocutor multiversal, realidade essa descrita no seu livro “O Biófilo” que em 1997 foi lançado sob título “Nas asas da percepção”, título este imposto pelo editor contra sua vontade, cuja nova edição estaremos lançando em breve, atendendo seu desejo, e, estará ao alcance do público leitor em breve.
Por Frater Ubirajara Rodrigues da Silva