quinta-feira, 4 de julho de 2013

A ÁRVORE DA VIDA

VANDA ORENHA FALA SOBRE O SEU LIVRO "A ÁRVORE SAGRADA"
"Este é um dos livros da trilogia de fábulas voltada para o público infanto-juvenil. Faz parte da descoberta da minha criança e do meu Ser", diz Vanda, - "graças a Kaká Werá, fui compreendendo o sentido de buscar nas raízes da ancestralidade dos povos indígenas e das minhas origens, o significado da minha existência. O seu som e seu canto fizeram eco dentro de mim, e assim nasceu esta obra".
Esta primeira fábula da trilogia conta o nascimento da Biofilia no Morro Azul e o sentido da palmeira sagrada – A árvore azul de Tupã – que se inclina sob Rua Paulo VI e cruza com a Rua Paissandú (Pai Nhamandú – O Silêncio Luminoso), portal de todas as palmeiras da origem da Biofilia, do Amor à Vida, na tradição ancestral.


SOBRE ELA MESMA
"Eu sou Filha do Vento, Amante da Vida, Filha da Vida – e faço parte da grande fraternidade humana Multiversal.
Esta obra está inacabada. Cada ser humano pode utilizar o imaginário de sua criança, e pelas das asas coloridas de um Grande Beija-Flor, sobrevoar a sua montanha e nela descobrir a sua Árvore Sagrada Ancestral. Isto significa lançar a sua semente na Terra e crescer em direção à Luz. A Biofilia é esta árvore que estou ajudando a semear, com esta obra, graças aos dons que recebi dos Céus. Minha função é ajudar a difundi-la aqui na Terra. Como a Árvore Azul de Tupã, podemos nos enraizar sobre a mãe Terra e nos abrir como copas para o aberto dos Céus. Nossa Terra e nossos Céus não têm limites: lancemos nossas sementes e cresçamos como árvores que nascemos para Ser".





CRIANÇAS DA FAVELA DE MANGUINHOS FIZERAM AS ILUSTRAÇÕES
Ubirajara Rodrigues
Para as crianças da Oficina Portinari em Manguinhos, foi muito prazeroso participar de uma atividade radicalmente nova para elas: fazer desenhos para um livro (Árvore da Vida), que será lido por milhares de pessoashttps://www.facebook.com/oficinaportinari.manguinhos/media_set?set=a.364532316957669.85878.100002027103558&type=3   http://www.youtube.com/user/OficinaPortinari?feature=watch
Essa obra de Vanda Orenha, proporcionou-me construir um plano de aula abrindo espaço para conversas e reflexões sobre tradições culturais, envolvendo conceitos místicos, religiosos, políticos, sociais, levando em conta a diversidade cultural brasileira, evidentemente incluindo ai as tradições culturais indígenas do nosso país, que antes do alcance da expansão marítima predominavam nessas terras de santa cruz. Isso, sem perder o foco do Complexo de Favelas de Manguinhos, situado justamente no cenárioBaia de Guanabara – da história de Orenha, cuja protagonista é uma indiazinha que pega carona no vôo de um beija-flor para anunciar a biofilia. Isso facilitou para o entendimento dos pequenos desenhistas da favela de Manguinhos, uma vez que no exercício para fazer as ilustrações, retornaram no tempo e espaço ao serem informados que a história narrada por Vanda acontece numa época em que Manguinhos era um magnífico manguezal, berçário de várias espécies vegetais e animais, e, que hoje, além de ser repositório das águas poluídas da Baia de Guanabara e receber toneladas de água podres dos Rios Farias Timbó e Jacaréquase mortospela poluição perversa, abriga numa significativa área de aterradamento de sua geografia uma população de aproximadamente 60 mil ou mais pessoas. Local onde a incidência de pessoas contaminadas por doenças respiratórias é campeã no Rio de Janeiro.
Uma fábula, na sua aparente ilusão, pode perfeitamente confabular, colaborando para a transformação da realidade, para o fortalecimento de um imaginário que contribua para uma vida melhor. Árvore da Vida é uma fábula com esse teor.

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